Quem sou eu
- Erick da Silva
- Patos de Minas, Minas Gerais, Brazil
- Sou um jovem formado em Informática , Paulistano erradicado no Rio de Janeiro desde os 6 anos de idade,adorador de politica, música, futebol...Ser indignado com a desigualdade social deste país, Morador de Patos de Minas MG Flamenguista Apaixonado e Militante Político, Empresário (ufa!) Brasileiro.
terça-feira, 27 de novembro de 2007
Progresso e Desigualdade na ponta da chuteira.
O povo brasileiro nasce chutando uma bola, em todos os cantos do país se vê crianças, jovens e adultos jogando futebol, e com o anuncio de uma copa no Brasil, o povo tem a esperança de voltar a ter orgulho de sua pátria. Patriotismo esse que falta em nossas escolas, na educação básica do dia a dia que transformam os brasileiros em “patriotas de momento” tendo em vista o tamanho da importância do evento.
Os benefícios de um evento dessa magnitude em uma nação em desenvolvimento são diversos, pois traz grande visibilidade turística e comercial para o país, principalmente um país tropical com o nosso, cheio de belas paisagem e rico em diversidade cultural. Quantidade abundante de infra-estrutura nos estádios, e nos bairros e localidades próximas aos eventos esportivos, alem de investimentos em segurança publica e transporte garantindo assim bem estar social.
Alem dos avanços estruturais, há uma grande chuva de otimismo e orgulho no povo,
causando união maior entre os estados, com políticas conjuntas dos governos em prol de um objetivo comum, isso fortalece as relações de governos municipais, estaduais e federal, contribuindo assim para se organizar projetos em conjunto.
Porem tudo isso esconde uma realidade, nosso povo deixará de receber recursos na educação, que por sinal deveria ser o projeto maior do país, saúde e investimentos de estrema importância. Esses recursos terão uma queda devido o alto investimento que o sonho da copa acaba causando. Serão gastos bilhões de reais em estádios, transportes, etc, mais isso já é um dever do estado, e deixaremos as classes mais pobres sem os recursos necessários pra se orgulhar de viver nessa terra.
Teremos que “maquiar” a guerra civil que se instaura nas grandes cidades, para que não possa passar aos visitantes uma má impressão, transformando – a em miragem no calcanhar da pobreza e da dificuldade e o medo que o Brasileiro tem de ir e vir. Esperamos que nossa gente entenda que o Brasil é o melhor futebol do mundo, por isso merece receber a copa, mais se não unir suas forças na luta por um pais mais justo, acabará perdendo o jogo da desigualdade, da ordem e do progresso.
Espero que o Brasil vença a Copa do Mundo, esperamos que o povo entenda que futebol e paixão são ótimos, mais temos que estar vivos pra ver e temos que saber ler pra entender, portanto devemos lutar por uma Copa organizada e vencedora, assim como todo o povo do Brasil.
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Não basta imaginar... tem que fazer sua parte Senador!
Agora, Imaginei
Artigo publicado no jornal O Globo, no dia 10/11/2007
Cristovam Buarque *
www.cristovam.com.br
Depois de me cansar dos problemas sociais brasileiros, despertei para o fato
de que a solução está em uma revolução na educação. Nesta mesma coluna,
publiquei dois artigos sobre o "cansei" e o "despertei".
Agora, imaginei que todas as crianças brasileiras, entre quatro e dezoito
anos, estavam assistindo aula. Não apenas matriculadas, mas freqüentando,
assistindo, aprendendo, até o final do Ensino Médio. Imaginei que o dia
escolar começaria na hora certa, e todas as crianças ouviriam juntas o Hino
Nacional. Cada aula duraria o tempo previsto. Imaginei todas as crianças em
bonitos uniformes, sem diferenças por renda, luxo, pobreza.
Imaginei que nenhuma criança iria embora logo após a merenda, e que depois do
almoço elas ainda teria m atividades escolares complementares: nadariam,
pintariam, jogariam, ouviriam música, aprenderiam idiomas, leriam, fariam
trabalhos comunitários, assistiriam a filmes, fariam experiências científicas,
teatro, dança, aprenderiam a tocar instrumentos musicais.
Imaginei que todas chegariam ao final do ano e passariam nos exames, por terem
aprendido, sem necessidade de promoção automática. Que todos os jovens
concluiriam o Ensino Médio, salvo raras exceções por motivos de saúde. E que o
Ensino Médio teria 4 anos, garantindo também o domínio de um ofício, ensinado
na própria escola. Todos aprenderiam a se deslumbrar com as belezas do mundo,
a se indignar com suas injustiças, a entender a lógica das coisas, a querer
fazer um planeta melhor e mais belo, a sobreviver dignamente no atual mundo do
conhecimento.
Imaginei que todos os professores seriam muito bem remunerados, dedicados e
bem formados. Que nenhum professor precisaria parar as aulas para pedir
aumento de salá rio. Que um Plano Nacional de Carreira quebraria a vergonhosa
desigualdade na qualificação e na remuneração dos professores, dependendo do
Município e do Estado. E que todos os nossos professores disporiam dos mais
modernos equipamentos pedagógicos, cujo uso dominariam. Cheguei a imaginar
que, quando nascesse uma criança, seus pais desejassem para ela a profissão de
professor.
Imaginei o fim da desigualdade na qualidade da educação no nosso país, e que a
escola dos pobres seria igual à escola dos ricos, a dos morros igual à dos
condomínios, todas com a máxima qualidade. Imaginei a escola do Brasil igual
às melhores do mundo. Jovens disputando o vestibular em igualdade de
condições, independentemente da renda de sua família e da cidade onde
vivessem. E a universidade recebendo assim os melhores dos melhores entre
todos os brasileiros, com a máxima formação, e não apenas os melhores entre os
poucos que concluem o Ensino Médio, com a mínima qualificação. Imaginei que os
mel hores desses novos alunos optariam pela Carreira Nacional do Magistério.
Imaginei a dinâmica e força dessa nova universidade, as pesquisas que ela
desenvolveria, os profissionais que formaria, imaginei até os prêmios Nobel
que o Brasil receberia.
Imaginei como estariam o desemprego, a violência, a corrupção, a desigualdade,
a pobreza, a eficiência, a auto-estima, a participação, a cidadania, a
economia, a saúde, a ciência e tecnologia, o meio ambiente, quando todos os
brasileiros tivessem uma educação da maior qualidade. Vi que tinha imaginado
um Brasil completamente diferente daquele que a realidade nos faz temer,
porque o futuro tem a cara que as escolas têm no presente.
Então imaginei o mais difícil: que todos acreditariam que tudo isso era
possível e necessário. Pensei que, se todos imaginássemos juntos, o caminho
estaria aberto para transformar a imaginação em realidade. Que se os
diferentes partidos, em sucessivos governos, se unissem para fazer aquilo que
imaginei, o imaginado aconteceria.
Foi então que li no jornal que isso havia acontecido! O presidente e os
governadores de diferentes partidos tinham se unido e feito um pacto em torno
de um projeto que levará sete anos, quase o tempo suficiente para toda uma
geração concluir o Ensino Fundamental. Mas era para a Copa do Mundo.
* Professor da Universidade de Brasília, Senador pelo PDT / DF.
Abraços
Erick
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